sábado, 30 de abril de 2011

JANE EYRE

Desta vez não vou escrever sobre livros, mas sobre uma série da BBC baseada no em um livro, o romance de Charlote Brontë, Jane Eyre.
Tinha assistido a excelente versão de 1996 de Franco Zeffirelli, com Charlote Gainsbourg e William Hurt nos papéis principais. A nova versão da BBC, de 2006, consegue ser melhor.
A versão tem 4 episódios de cerca de 1 hora cada. Por isso, prepare-se para passar a tarde do sábado ou domingo viajando pelo século 19. Vale muito à pena!!!

Jane Eyre é uma órfã que é mandada para um abrigo pela tia, aos dez anos. Após vários anos de privação e solidão, ela sai do abrigo para trabalhar como tutora de uma menina na casa do rico Sr. Rochester. Lá ela encontra respeito, amizade e companheirismo, algo nunca antes vivido.
Estes sentimentos fazem crescer devagarinho um amor pelo Sr Rochester, um homem de temperamento inconstante, às vezes simpático e bem humorado, beirando o cinismo, às vezes sisudo e estúpido.
Mas naquela casa esconde-se um segredo que afetará a vida dos dois e impedirá a concretização do amor.
Após muitos percalços, o final feliz é possível, após duas mortes: a primeira, deixa Sr Rochester livre para ser feliz, a segunda, deixa Jane Eyre rica, tornando-se uma igual ao Sr Rochester, conforme costumes da época.

domingo, 24 de abril de 2011

Pequena Abelha

Como ando muito em aeroporto ultimamente, estou comprando livros antes do embarque sem uma análise muito apurada. O último livro foi Pequena Abelha, de Chris Cleave.
O livro conta a estória de duas pessoas: uma mulher inglesa de quase 40 anos e com um filho pequeno de cinco anos que insiste que é Batman e uma jovem africana de 15 anos.
As vidas destas duas mulheres se cruzam por acaso uma primeira vez, na África. E, dois anos depois, voltam a se cruzar, agora em Londres. Nas duas vezes a morte estava presente.
O autor consegue a proeza de escrever de duas formas diferentes em um só livro.
A estória narrada pela menina africana possui uma linguagem ousada e debate questões mais sérias e profunda.
A estória narrada pela mulher com o filho é um pouco vazia e sem qualquer análise psicológica.
Parece que o escritor criou a estória da menina e depois quis rechear o livro e foi criando a estória da mulher, de um modo um pouco descuidado.
O ponto alto do livro, ao meu ver, é a análise que a menina africana faz em como explicaria determinadas coisas e situações da vida inglesa para as amigas africanas.
Se cair na sua mão, leia.